Remo fez proposta de contratar time inteiro do Independente, a comissão técnica e manter Deley como diretor técnico durante Série D
O Remo ainda apela à Justiça Esportiva, pedindo a punição do Independente, que o eliminou nas semifinais do segundo turno, pela escalação do jogador Edilson Belém, que detinha dois documentos de identificação. Por ora, apenas o atleta foi penalizado.
Nas derradeiras horas do prazo, o Independente, do município de Tucuruí, ratificou na noite de terça-feira (14) que participará do Brasileiro. Se desistisse, como cogitou ao alegar falta de condições financeiras, o benefício seria herdado pelo Remo.
Em conversa com o portal Terra, o presidente do Independente, Deley Santos, acusou uma tentativa de barganha:
- O Remo fez proposta de contratar nosso time inteiro, a comissão técnica e eu ser o diretor técnico. Mas não quero isso não. A proposta não foi direta, mandaram emissários. Falaram para jornalistas, que vieram me dizer (a oferta) - afirmou, esquivando-se de maiores detalhes.
Sérgio Cabeça negou que isso tenha ocorrido. "Não teve nenhuma reunião, nenhum documento", declarou, desconsiderando qualquer tipo de sondagem. "Nada, nada, nada".
Cofre reforçado
Confirmada a presença, o Independente vai se juntar ao também paraense São Raimundo, de Santarém, rebaixado da terceira divisão de 2010 e campeão da Série D no ano anterior. Também formam o grupo 2 o amapaense Trem, o maranhense Sampaio Corrêa e o piauiense Comercial.
Deley Santos calcula que o Galo Elétrico custa R$ 115 mil por mês: R$ 90 mil com folha salarial e R$ 25 mil com despesas médicas, hospedagens e alimentação. Ele contou que o Governo do Estado banca os custos das viagens das equipes no Campeonato Paraense.
Sem ajuda econômica da CBF, o cartola recorreu a patrocinadores para garantir a inédita participação do clube em torneios nacionais. Da Prefeitura de Tucuruí, espera auxílio com passagens aéreas. Uma empresa promete cobrir gastos com estadia, outra se encarrega dos reajustes de salários do elenco.
São costumeiras as desistências de times que carecem de estrutura e dinheiro para jogar as mais humildes divisões nacionais. Iniciada em 2009, a Série D promove quatro equipes à terceira divisão e recebe de lá outros quatro degolados.
O Paysandu, que se despediu da elite nacional em 2005, amarga a Série C desde 2007. Naquele ano, o Remo caía da B, após faturar a terceira divisão de 2006 com públicos superiores a 40 mil espectadores. Sua última partida pela Série A ocorreu em 1994.
Eliano Jorge/Portal Terra
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